quarta-feira, 30 de março de 2011

Morte de Alencar vira assunto e muda rotina no Rio e Brasília

RIO - A morte do ex-vice-presidente José Alencar, de 79 anos, fez muitas pessoas pararem em frente às bancas de jornal para ler as notícias na manhã de hoje no Rio de Janeiro. Nas conversas nos pontos de ônibus e nas padarias, a lembrança do ex-vice-presidente e da sua luta contra o câncer viraram assunto. Para muitos, Alencar parecia ser uma pessoa próxima por ter exposto sua fragilidade física e ter um discurso simples e direto.
“Logo cedo, quando comecei a pendurar os jornais do lado de fora da banca, percebi que as pessoas queriam ler sobre a morte do José Alencar”, disse Paulo Henrique dos Santos, dono de uma banca na Avenida Rio Branco – a principal no Centro do Rio. “O Alencar foi uma pessoa lutadora e acho que a batalha dele contra o câncer deve servir de exemplo para muitas pessoas que têm a doença.”
O professor da rede municipal do Rio Celso Ribeiro lembrou da permanente defesa de Alencar por juros mais baixos. “Além de ter sido estratégico para a eleição do presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva] no primeiro mandato, todas as vezes que José Alencar falava à imprensa defendia a queda dos juros, mostrando-se a favor do consumidor mais pobre”, disse.
O professor ainda acrescentou que “Alencar é o nome do resgate da democracia no país e foi uma pena ele não ter participado da posse da presidenta Dilma [Rousseff], ao lado do Lula [ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva]”.
Para a aposentada Maria Neiva Rodrigues, de 84 anos, o ex-presidente cumpriu “sua missão”. “A forma como ele lutou contra o câncer é motivo de orgulho, mas, mesmo com toda a ajuda da medicina, na hora que Deus chama não tem remédio que dê jeito”, disse.
Em Brasília, o velório de Alencar, no principal salão do Palácio do Planalto, cercado por honras militares, foi aberto para o público por volta das 13 horas. Antes, houve uma missa e uma cerimônia reservada para os parentes e amigos do ex-vice-presidente. Admiradores de Alencar enfrentaram horas de espera na fila para poder prestar a última homenagem a ele.
Neise Azevedo, de 78 anos, foi a primeira a chegar em frente ao Palácio do Planalto para enfrentar a fila e entrar no velório de Alencar, no interior do edifício.  “José Alencar foi uma pessoa maravilhosa, honesto e digno. Um exemplo para o Brasil”, disse.
Para o estudante do ensino médio Genner Wygh, de 15 anos, o ex-vice-presidente foi responsável por mudanças na política brasileira. “A visão que ficou de José Alencar foi uma visão muito boa, nas vezes que ele estava ao lado do Lula, conseguiu mudar a sociedade brasileira.”



terça-feira, 29 de março de 2011

Chega de violencia e exterminio de Jovens!


A Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens é uma ação proposta pelas Pastorais da Juventude do Brasil, a fim de promover uma cultura de paz em defesa da vida das juventudes, lançada no ano passado no encontro Nacional de Fé e Política, encontro este que agrega diversos atores políticos e líderes das organizações do cristianismo no Brasil.

A demanda emerge da realidade do universo social que localiza o jovem como principal alvo de violência no Brasil. Sendo que, pretende agregar os setores do governo e da sociedade civil para pautar as discussões sobre a pluralidade desta juventude, entendida não somente pela faixa etária, mas a partir de vários símbolos, esteriótipos e expressões que variam com o tempo, com as formas de interação e com o espaço, e principalmente validar a defesa de que o jovem não é tão somente promotor de violência, mas que, sobretudo é um passivo deste processo.


A violência deve ser assumida como um problema de todos/as, pois é manifestada principalmente a partir da ausência de diálogos. Sendo assim, os espaços institucionais como a família, a escola, e outros, devem repensar as suas práticas sociais para findar com a promoção e difusão de suas manifestações, seja verbal, física, psíquica ou simbólica. Lembrando de que a violência surge justamente a partir da incapacidade de aceitar o posicionamento de outrem.


Para muitos/as a única linguagem que é conhecida é a violência. Portanto, partindo dessa afirmativa, constatada nos processos educativos, precisamos enfrentar e não cooperar com as ações de humilhação (chacotas, piadinhas, preconceito, discriminação, violência física, etc;), pois com a presença destes aspectos, todos perdem ninguém é ganhador.


Para isso, é importante se reconhecer neste processo, e a partir deste avanço de reconhecimento, é necessário agir novamente alterando as ocorrências advindas da própria autonomia (liberdade de escolha), na qual, somente cada sujeito é que poderá identificar.


Quando trabalhamos no âmbito deste público, o que se pauta é justamente a idéia de que os jovens consigam exercer o direito de expressão e de serem ouvidos. Com isso, saem do anonimato simbólico e passam a exercer um papel ativo na sociedade. Além disso, a rebeldia que antes era taxada como pejorativa, ganha um status de desabafo desta juventude, e com isso passamos a indagar: Com as manifestações de atos rebeldes, o que esta juventude quer comunicar?


O adulto neste processo é uma referência ao jovem, uma vez que possui uma vivência em tempo maior. O que é válido ressaltar nesta interação, é justamente a necessidade de não haver uma disputa de forças, mas um diálogo, onde ambas as partes, os contextos, os tempos e desejos devem ser considerados, mesmo aqueles que não sejam sadios ou quistos. O que se deseja é justamente a promoção de um amadurecimento e confronto de idéias.


A cultura de paz não se instala momentaneamente, e com isso é necessário uma implicação contínua. Afinal, como devemos enfrentar a violência? Enfrentar quem? Como?


É válido lembrar que a violência não é natural, ou seja, não nascemos com ela, contudo, as relações de interação com o mundo e com os outros sujeitos é que determina e instala tal dimensão.


Se combatermos o agressor, em vez de combatermos a agressão, perdemos a oportunidade de estabelecer uma nova relação com o outro. [1] Portanto, além de percebermos as diversas dinâmicas da violência, devemos pensar esta dimensão a partir de ângulos diferentes, mais amplos e mais críticos.


Por exemplo: pensar numa ação de um maníaco ou num estuprador e seu ato de agressão/violência é pensar também nos aspectos deste sujeito “enquanto humano” e não simplesmente criminalizá-lo ou devolver em forma de violência (ou até mais violenta) os seus atos. É pensar complexamente quais as lacunas do seu processo de formação, processo afetivo, processo ético, que muita das vezes é seqüenciado de frustrações e também de agressões, ou até mesmo de negações.

Portanto, pensar em condenar somente o agressor de um ato é reduzir a cena da opressão. Por isso, é necessário pensar qual o suporte de tal cena, tais como: o impacto da herança da pobreza social na sua vida; a ausência de políticas de promoção; as regularidades e disciplinas do cotidiano; para que a partir daí, sim, o ato seja compreendido em sua conjuntura.

Paulo Freire em pedagogia da autonomia enuncia que precisamos nos reconher enquanto sujeitos condicionados, mas não determinados. Ou seja, reconhecer que a história é tempo de possibilidade e não de determinismo. Reconhecer de que somos seres inacabados e incompletos e que precisamos uns dos outros para termos plenitude.


A periferia por sua vez é sinal presente da herança da pobreza no Brasil, e sua identidade cada vez mais é negada e rotulada. Sendo assim, quando a periferia é negada pela sua identidade, marcada principalmente pela ausência de garantia de direitos, logo estes aspectos são incorporados aos seus sujeitos, que não conseguem inclusive um emprego por oferecer risco à sociedade, determinismo este advindo do seu território de moradia.


Que sociedade é esta? Este sujeito não faz parte da mesma sociedade? escolheu morar ali? E a mídia que hoje é uma das principais formadoras de opinião reforça este lugar, o criminalizando cada vez mais e afirmando este lugar sempre às margens, proliferando a invisibilidade dos potenciais, das lutas, das conquistas, das formas de resistência etc; que apresentam um outro lugar diferente do que é trazido pela TV.

Uma das chaves para a superação destes problemas sociais, é justamente se apropriar das capacidades e potencialidades de determinada comunidade. Portanto, por que não aparecem estes aspectos na mídia? Comprometeria o sistema que está posto?


Da mesma maneira, a rebeldia juvenil, propícia por sinal, também é apresentada por sua forma pejorativa, que logo é incorporada pelo senso comum, e que muita das vezes repetimos sem ao menos perceber, pois se torna natural. Com isso, as posturas da juventude ficam restritas a um recorte que se apresenta com mais intensidade, e uma outra parcela desta juventude, ou talvez a maioria, se quer, é pautada.


Por isso, pautar as discussões sobre a rebeldia (resposta/expressão a cerca do processo de interação), é incorporar aspectos que interessam e interferem na vida de todos nós, como por exemplo, as indagações: como uma juventude pode sentir prazer e vontade de estudar nas estruturas e nas motivações que se encontram nas redes de ensino? Como um jovem pode desabafar sobre seus desejos e sonhos, se a mídia de grande massa já determina que essa juventude só deseja droga, sexo e rock rool? Como valorizar o comunitário, se o sistema financeiro e produtivo que se encontra é um sistema que quer a individualidade (uma TV, um telefone, um computador para cada um, etc;), como questionar uma mídia que é inquestionável?


Portanto, pensar no sujeito jovem não é simplesmente pensar numa faixa etária, mas numa série de aspectos que são determinantes para o nosso presente e para o nosso futuro. E é válido relembrar que o futuro não é responsabilidade somente dos jovens e das crianças, mas se dará a partir das nossas ações do presente, por isso é responsabilidade de todos nós.


Pensar em políticas públicas voltadas para a juventude, ou numa campanha contra o extermínio, é pensar num diálogo horizontal entre governo e sociedade civil, para que juntos/as asseguremos minimamente os direitos básicos para a sobrevivência, como a educação, o trabalho, a alimentação, a moradia, etc; e principalmente dizer um basta para as lacunas sociais que contribuem para a desestruturação familiar, para uma ausência de espaços para interação, sociabilidade e amadurecimento de idéias. Além disso, espaços que defendam a vida e que promovam a formação humana.  


Basta! Chega de violência e extermínio de jovens!

sábado, 19 de março de 2011

Obama no Brasil



O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou ao Brasil às 7h31 deste sábado após partir da Base Aérea Andrews e aterrissar na Base Aérea de Brasília para uma visita de dois dias ao País. Em solo brasileiro, ele anunciou uma ofensiva militar contra a Líbia e quebrou o protocolo ao ir a pé do avião presidencial americano até um helicóptero e bater uma foto com o filho do prefeito do Rio de Janeiro.
O 44° presidente dos Estados Unidos foi o 10° chefe de Estado americano a visitar o Brasil, segundo dados do Itamaraty. Além de se reunir com Dilma Rousseff (PT), Obama conversou com empresários do Brasil e EUA.
O avião presidencial decolou às 22h46 local de sexta-feira (23h46 Brasília), ao final de uma jornada na qual Obama ameaçou com ações militares o líder líbio, Muammar Kadafi, e dirigiu a resposta dos Estados Unidos ao desastre no Japão. Ele veio acompanhado da primeira-dama, Michelle, e das filhas Malia, 10 anos, e Sasha, 7 anos. Eles foram recebidos por diplomatas americanos e por representantes do governo brasileiro.
Em reuniões privadas e ampliadas com Dilma, o mandatário americano discutiu, entre outros pontos, a importância de futuros investimentos dos Estados Unidos no petróleo encontrado na camada do pré-sal, a intensificação do comércio e de parcerias e a abertura de vagas nas universidades americanas.
"O Brasil é um de nossos principais parceiros comerciais, mas ainda há muito que possamos fazer. Vamos discutir hoje no que podemos avançar, quais são as etapas que vão se expandir em nossas relações econômicas. Queremos colaborar na área de ciência e tecnologia, na Copa e nas Olimpíadas. As empresas americanas podem ter papel nos projetos de infraestrutura necessários", afirmou Obama.
Ofensiva contra a Líbia
O presidente dos Estados Unidos anunciou no Brasil o início da operação aliada "Odisseia do amanhecer", que tem como objetivo atacar as defesas antiaéreas líbias e permitir o estabelecimento da zona de exclusão aérea sobre o país norte-africano. "Não é algo que os Estados Unidos ou nossos aliados tenhamos buscado, mas o comportamento de Muammar Kadafi, que continua com seus ataques contra Benghazi, não deixou outra opção. Não podemos ficar quietos quando um tirano diz a seu povo que não terá piedade", afirmou ele.
Reforma no Conselho de Segurança da ONU
Ainda que não tenha manifestado publicamente um apoio formal ao pleito do Brasil por um assento permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Obama afirmou, ao lado de Dilma Rousseff, que a Casa Branca pretende trabalhar por reformas no órgão.
"Disse à presidente Dilma que continuaremos trabalhando para que as reformas permitam transformar o Conselho de Segurança em um órgão mais eficiente e mais eficaz", comentou Obama, que antes havia ouvido da própria presidente do País que a negociação brasileira por uma presença permanente no Conselho de Segurança não refletia "um interesse menor de preocupação burocrática por espaços de representação".
Imprensa americana critica viagem
Os principais veículos de comunicação dos Estados Unidos avaliaram neste sábado como inoportuna a visita do presidente Barack Obama ao Brasil. Um dos argumentos usados foi a abstenção do Brasil na votação, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, sobre a resolução que cria uma zona de exclusão aérea na Líbia e permite uma intervenção contra as tropas de Muammar Kadafi - posição contrária à dos norte-americanos.
Na avaliação dos meios de comunicação norte-americanos, a viagem de Obama é como um ajuste nas relações com a América Latina. São muitos os motivos para melhorar as ligações com o Brasil, segundo os jornais, apesar de Obama não atender aos dois grandes desejos dos brasileiros: um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas e a retirada de taxas à importação do etanol.
Domingo no Rio de Janeiro
Obama pousou na pista do Aeoroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 20h18 de sábado. O prefeito da cidade, Eduardo Paes, e o governador do Estado, Sérgio Cabral, esperavam o chefe de Estado americano na pista. O líder dos EUA e sua família embarcaram no helicóptero Marine 1, que seguiu para o campo do Flamengo, na Gávea. De lá, o presidente americano foi de carro até o hotel onde está hospedado na capital fluminense sob forte esquema de segurança.
Obama, sua mulher, Michelle, e as filhas Malia e Sasha deverão visitar neste domingo a Cidade de Deus, uma das 17 comunidades carentes onde foram instaladas unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O consulado norte-americano no Rio não confirmou, mas também não descartou um retorno de Obama ao Clube do Flamengo às 10h30.
No início da tarde, o presidente fará um discurso no Theatro Municiapl para uma plateia selecionada, enquanto Michelle, Malia e Sasha cumprirão agenda reservada que, provavelmente, incluirá uma visita ao barracão da escola de samba Unidos da Tijuca e ao Jardim Botânico. Na segunda-feira, Obama e a família seguirão para o Chile, dando continuidade à visita à América do Sul.

quinta-feira, 10 de março de 2011

13 de Março - A Batalha de Jenipapo

          Às margens do rio Jenipapo, no atual município de Campo Maior, foram palco de uma sangrenta batalha envolvendo os partidários da independência brasileira e a resistência portuguesa que procurava evitá-la. Era 13 de março de 1823. Este confronto pode ser visto como um dos momentos cruciais da adesão da província piauiense ao processo emancipatório brasileiro.
          Apesar da independência tem sido oficialmente proclamada a 7 de setembro de 1822, pelo príncipe regente São Paulo, as outras regiões da América portuguesa não havia aderido. Aquele gesto simbolizava apenas a adesão da região Centro-Sul. O processo de independência nas outras áreas implicou em se cruentas batalhas, especialmente no norte, incluindo o nordeste atual. Essa área era alvo de pretensão portuguesa de perpetuar domínios na América.
          Neste sentido, a província piauiense assumia uma importância fundamental para o governo português em virtude da sua posição territorial, encravada entre as províncias ocidentais e orientais do norte da América portuguesa. Por conta disto e, sobretudo, devido à expansão dos ideais emancipacionistas, desde 1821 eram enviadas, pelo governo português, quantidades significativas de armamentos e munições bem como havia a nomeação de militares experientes para cuidar desta região. Para essa província fora nomeado João José da Cunha Fidié como governador das armas. Ele era experiente militar, veterano nas guerras napoleônicas.
          No Piauí, a primeira vila a se manifestar favoravelmente ao governo de D. Pedro I, instalado no Rio de Janeiro, foi São José da Parnaíba, através da Câmara local. Era 19 de outubro de 1822. Essa iniciativa fez com que as tropas favoráveis a Portugal se deslocassem de Oeiras para Parnaíba, lideradas pelo próprio governador das Armas, o Major Fidié.
          Antes de chegarem à vila do extremo norte, as tropas eusófilas estacionaram em Campo Maior, na qual procuraram apurar denúncias acerca dos preparatórios de adesão às tendências emancipacionistas. Neste ínterim, as lideranças parnaibanas se deslocaram para o Ceará. Assim quando as tropas de Fidié chegaram a Parnaíba não encontraram resistências.
          Enquanto as tropas portuguesas estavam em Parnaíba, outros povoados e vilas aderiram ao processo emancipatório, dentre eles Piracuruca, Matões e Oeiras, em janeiro de 1823. Nesta última ocorrera a deposição da Junta Governativa pró-Portugal. Além disso, alguns contingentes cearenses chegaram ao Piauí. Neste contexto, deu-se a proclamação da independência em Campo Maior, em fevereiro de 1823.
          No início de março de 1823 as tropas de Fidié saíram de Parnaíba para tentar submeter as demais vilas que estavam aderindo ao processo de independência. Seguiram-se alguns breves incidentes no trajeto, porém, o maior combate se deu às margens do rio Jenipapo.
          A expectativa do avanço das tropas portuguesas rumo à Campo Maior implicou numa mobilização sem precedentes da população local para formação de tropas para o combate, agregando-se grupos de vaqueiros e roceiros armados com os instrumentos disponíveis, como: facões, machados, foices, espetos, espingardas, paus e pedras. Enquanto as tropas inimigas eram bem armadas, municiadas, disciplinadas e organizadas sob o comando de experientes militares.
          O grande confronto se deu no dia 3 de março de 1823, nas proximidades do rio Jenipapo. Cerca de 2500 piauienses e cearenses, sem adestramento militar, e debaixo de um sol abrasador num ano de estiagem arrasadora, enfrentaram as tropas portuguesas. Após 5 horas de intenso combate, as tropas locais contavam entre suas perdas 700 homens, entre mortos, feridos e prisioneiros de guerra. Do lado português, as perdas não chegaram a uma centena, porém haviam perdido boa parte da bagagem de guerra; o separatistas desviaram importantes equipamentos de guerra das tropas portuguesas.
          Entretanto, a vitória lusitana era incontestável, ganharam uma batalha, mas a guerra estava longe de terminar, pois a ausência de recursos bélicos e a possibilidade de enfrentamento de outras batalhas, com a chegada de reforços de outras vilas e províncias, fez com que Fidié e suas tropas se deslocassem, em abril de 1823, para o Maranhão, província leal a Portugal. Porém, após o cerco de Caxias, pelas tropas separatistas, formadas por piauienses, cearenses e maranhenses, as tropas de Fidié se renderam, no final de julho de 1824.
          Portanto, foi neste contexto que se deu o real processo emancipacionista e a adesão do Piauí ao governo do império do Brasil, caracterizado por diversas lutas sanguinárias, com a participação popular, porém, a maioria da população não se beneficiou de seus resultados, pois uma oligarquia assumiu o projeto de consolidação do estado brasileiro em detrimento das transformações mais profundas dessa sociedade.

terça-feira, 8 de março de 2011

CarnavaL 2011

O carnaval é uma das fetas mais esperadas, até que fim chegou o dia. Muitos dizem essa frase. rsrsrs!
Eu não sou diferente pois, gosto muito ainda por cima qndo se está com pessoas que a gente gosta...
O carnaval todos se divertem e voltam a serem crianças, pena que alguns não sabem brincar em paz...

Hoje é o último dia, e promete bastante tanto na concentração dos blocos, qnto na praça!

Algumas fotos minha com minha galera!


sábado, 5 de março de 2011

Perigos de beijar muito: Ministério da Saúde emite alerta para doenças transmitidas pela saliva


Carnaval, pra você, é na base do beijo? Então, antes de sair beijando por aí, é importante saber dos riscos para a saúde. Afinal, pela saliva, são transmitidos vários tipos de vírus como o da herpes, da sífilis e da mononucleose.
O Ministério da Saúde divulgou um alerta sobre os riscos da transmissão de doenças pelo beijo. Uma das preocupações do órgão é com a sífilis, que a cada ano, vitimiza mais de um milhão de pessoas no Brasil. A doença é sexualmente transmissível mas também pode ser adquirida através da troca de saliva, principalmente, por causa de pequenas feridas na boca. É bom alertar, no entanto, que nem sempre o ferimento está do lado de fora, em um lugar aparente.
A doença do beijo
A mononucleose, muito comum em adolescentes e jovens adultos por causa da variedade de parceiros, também é transmitida pela saliva. Ela costuma ser confundida com gripe, por causar dor de garganta, no corpo, febre, mal-estar e inchaço dos gânglios. A doença não costuma ser grave, mas às vezes gera aumento do baço e do fígado e inflamação do coração. Em alguns casos, evolui para hepatite moderada e conjuntivite.
— Não existe medicamento que tenha alguma ação comprovada contra o vírus. O que se pode fazer é tomar analgésico e repousar — explica o infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro Edmilson Migowski.
A herpes labial é outra doença que pode ser transmitida pelo beijo. De acordo com o imunologista Marcello Bossois, coordenador do Projeto Brasil Sem Alergia, os primeiros sintomas são de ardor e coceira no lábio.
— Depois, inicia-se um inchaço, formando bolhas, frequentemente dolorosas.
Apesar dos riscos, não há motivos para não aderir à folia. Especialistas orientam apenas que se tenha cuidado na escolha do parceiro.

Uma única gota de saliva contém cerca de dois bilhões de bactérias.
O vírus que causa a mononucleose infecciosa, o Epstein-Barr, necessita apenas do contato da mucosa com a saliva contaminada para sua transmissão – ou seja, apenas um beijo de língua! Como lembra o Dr. Cícero Lascala, mestre e doutor em Diagnóstico Bucal pela USP – Universidade de São Paulo e titular da Clínica Holística Lascala, “é por isso que a mononucleose é também conhecida como a doença do beijo e sua propagação aumenta muito logo depois do carnaval”.
A mononucleose ou doença do beijo caracteriza-se por febre, mal-estar físico, dores de cabeça e de garganta, aumento de gânglios, ínguas no pescoço e inflamação do fígado – a hepatite. Como se trata de um vírus, é importante que os possíveis infectados alimentem-se bem, durmam pelo menos oito horas por dia e até mesmo consumam complexos vitamínicos. Para o Dr. Cícero Lascala, “isso vale também para outras doenças que podem ser transmitidas pelo beijo, como a tuberculose, a hepatite, a sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis”.
“Uma higienização oral com boa frequência diária, com escovação e uso do fio dental, ajuda ainda a evitar problemas como a transmissão de cárie, que se aproveita da troca de salivas”, acrescenta o especialista.
Nunca é demais lembrar que o sexo oral deve ser praticado com o uso de preservativos, pois doenças sexualmente transmissíveis são detectadas em maior número logo após o carnaval, como a crista de galo, a gonorreia, a sífilis e a aids.
Uma visita ao cirurgião-dentista pode ser decisiva para facilitar o diagnóstico precoce de diversas doenças, inclusive o câncer bucal e a aids, através do exame clínico de rotina da cavidade bucal, papilas e glândulas do pescoço.
Finalmente, é sempre bom levar em conta que a alimentação durante o carnaval deve também, sempre que possível, ter como base alimentos saudáveis e isentos de carboidratos, incluindo-se no cardápio frutas, verduras, legumes e carnes magras, e evitando-se o consumo de açúcar, seja em refrigerantes ou em forma de doces, além de alimentos industrializados, pois estes contêm açúcar em sua formulação, como batatas fritas, snacks, ketchups e iogurtes não-diets.